Resultado da pesquisa (2)

Termo utilizado na pesquisa resistência à insulina

#1 - Markers of inflammation and insulin resistance in dogs before and after weight loss versus lean healthy dogs

Abstract in English:

Chronic low-grade inflammation in obesity is characterized by an increased production of pro-inflammatory cytokines that contribute to insulin resistance. For this study body composition, markers of inflammation and of insulin resistance in dogs before and after weight loss were compared to those of lean dogs. Eleven client-owned obese adult dogs underwent a weight loss program with commercial dry food for weight loss and reached an ideal body condition score (BCS) six months after the beginning of the weight loss program. A Control Group of nine dogs with ideal BCS were selected for the comparison. Shapiro-Wilk test was used to test for normality, Mann Whitney were used for non-normally distributes data, and Student t-test was used for normally distributed parameters. In the Obese Group body fat decreased from 41.6% (30.7-58.6) to 29.1% (18.6-46.3) (P<0.01) and dogs maintained lean body mass throughout the weight loss program (P>0.05). Obese dogs presented higher concentration of fructosamine, triglycerides, insulin, IGF-1 and leptin than the Control Group before weight reduction (P<0.05). Serum concentrations of triglycerides, IL-2, IL-6, TNF-α, insulin, leptin and IGF-1 decreased after weight loss (P<0.01), and these concentrations were similar to the Control Group (P>0.05), except for leptin (P<0.001). No alteration on peptide YY was found. Leptin (r=0.60, P=0.01), fructosamine (r=0.44, P=0.02) and triglycerides (r=0.40, P=0.04) concentrations correlated with the reduction of body fat. Weight loss reduced the concentrations of inflammatory and insulin resistance markers and most parameters became similar to dogs that have always been lean, reinforcing the importance of weight loss in small animal practice.

Abstract in Portuguese:

A inflamação crônica de baixo grau na obesidade é caracterizada pela produção aumentada de citocinas pró-inflamatórias que contribuem para a resistência à insulina. Para este estudo a composição corporal e os marcadores de inflamação e de resistência à insulina em cães antes e após a perda de peso foram comparados aos de cães magros. Onze cães adultos obesos pertencentes a tutores foram incluídos em um programa de perda de peso com ração comercial hipocalórica e alcançaram escore de condição corporal (ECC) ideal seis meses após o início do regime. Um Grupo Controle de nove cães com ECC ideal foi selecionado para a comparação. O teste de Shapiro-Wilk foi usado para testar a normalidade, Mann Whitney foi usado para análise dos dados que não atenderam distribuição normal e o teste t de Student foi usado para parâmetros que atenderam a normalidade. No Grupo Obesidade, a gordura corporal diminuiu de 41,6% (30,7-58,6) para 29,1% (18,6-46,3) (P<0,01) e os cães mantiveram massa magra ao longo do programa de perda de peso (P>0,05). Cães obesos apresentaram maior concentração de frutosamina, triglicérides, insulina, IGF-1 e leptina do que o Grupo Controle antes da redução de peso (P<0,05). As concentrações séricas de triglicerídeos, IL-2, IL-6, TNF-α, insulina, leptina e IGF-1 diminuíram após a perda de peso (P<0,01) e, essas concentrações foram semelhantes ao Grupo Controle (P>0,05), com exceção da leptina (P<0,001). Nenhuma alteração no peptídeo YY foi encontrada. As concentrações de leptina (r=0,60; P=0,01), frutosamina (r=0,44; P=0,02) e triglicerídeos (r=0,40; P=0,04) correlacionaram-se com a redução da gordura corporal. A perda de peso reduziu as concentrações de marcadores inflamatórios e de resistência à insulina e a maioria dos parâmetros tornaram-se semelhante aos dos cães que sempre foram magros, reforçando a importância da perda de peso na prática clínica de pequenos animais.


#2 - Insulin dysregulation in horses with induced obesity

Abstract in English:

Insulin deregulation (ID) is a central player in the pathophysiology of equine metabolic syndrome (EMS), which is associated with generalized and/or regional obesity. The objective of this experiment was to characterize the alterations in the hormonal profile in horses exposed to a hypercaloric diet. A total of nine Mangalarga Marchador adult horses with initial body condition score (BCS) of 2.9±1/9 (mean±SD) were submitted to a high calorie grain-rich diet for 5 months. The data was collected before the start of the experiment and every 15 days until the end of the experiment and glucose and insulin concentrations were measured in the plasma. Proxies G:I, RISQI, HOMA-IR and MIRG were calculated. The low‑dose oral glucose tolerance test (OGTT) was performed and the total area under the glucose (GTA) and insulin (ITA) curves at three different timepoints (before inducing obesity, after 90 days and after 150 days) was used. Analysis of variance of the results was performed considering the time effects and the means were compared with repeated measures by the Tukey’s test (P≤0.05). The ID was observed during the first 90 days of the experiment and was characterized as a decompensated ID, showing an increase of basal glucose and insulin plasma levels, changes in all proxies and a significant increase in GTA (P<0.001) and ITA (P<0.05). However, a clear compensation of the ID was evident after 150 days of experiment, which was supported by data from the insulin secretory response of β cells of the pancreas that showed an increase in insulin plasma levels, after fasting or exposure to gastric glucose, with a concomitant decrease in fasting glucose and fructosamine levels, and a decrease of GTA and marked increase of ITA (P<0.0001) in the dynamic test. These findings confirm the occurrence of hyperinsulinemia associated with insulin deregulation in Mangalarga Marchador horses exposed to hypercaloric diets.

Abstract in Portuguese:

A desregulação insulínica (DI) é o ponto central dos mecanismos fisiopatológicos da síndrome metabólica equina (SME), que é associada à obesidade generalizada e/ou regional. O objetivo deste experimento foi caracterizar as alterações no perfil hormonal em equinos submetidos à dieta hipercalórica. Foram utilizados nove equinos Mangalarga Marchador adultos com escore corporal (EC) médio (±DP) inicial de 2,9±1 (escala de 1-9) submetidos à dieta hipercalórica atingindo um EC de 8,3±1 após cinco meses. Os dados foram coletados antes do início do experimento e com o intervalo de 15 dias até o final do experimento, os valores plasmáticos foram obtidos para mensuração das concentrações de glicose e insulina. Foram calculados os proxies G:I, RISQI, HOMA-IR e o MIRG. Foi realizado o teste de baixa dose de glicose oral (TBDGO) utilizando a área total sob a curva de glicose (ATG) e insulina (ATI) em três momentos, antes da indução a obesidade, após 90 e 150 dias. Os resultados foram submetidos à análise de variância considerando-se os efeitos de tempo e as médias comparadas com medidas repetidas pelo teste de Tukey, com o valor P≤0,05. A DI foi observada nos primeiros 90 dias de experimento, se caracterizando como um quadro de DI descompensada, apresentando um aumento dos níveis plasmáticos basais de glicose e insulina, pelas alterações em todos os proxies e com um aumento significativo da ATG (P<0,001) e ATI (P<0,05). Contudo, ficou evidente uma compensação do quadro de DI após 150 dias de experimento, sendo demonstrado pelos dados da resposta secretória insulínica das células β do pâncreas, que se manifestaram pelo aumento dos níveis plasmáticos de insulina pós-jejum ou exposição à glicose gástrica com concomitante redução nos níveis de glicose e frutosamina pós-jejum e pela redução da ATG e pela marcada elevação de ATI (P<0,0001) no teste dinâmico. Tais achados comprovam a ocorrência de hiperinsulinemia associada à desregulação insulínica em equinos Mangalarga Marchador expostos a dietas à dieta hipercalórica.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV